23 setembro 2021

Esquema de contratação de Professores fantasmas e sem formação assombram a educação no sertão de Alagoas.

 

Ambiciosos projetos de poder envolvem vereadores e prefeitos que contratam pessoas sem formação que não aparecem na folha de pagamento porque recebem no nome de educadores concursados e efetivos com ampliação de carga horária ou mesmo de outros contratados com formação adequada que trabalham um horário e recebem dois com a função de dividir o pagamento.

Embora esteja de posse de áudios e documentações que comprovam o esquema criminoso que aqui irei relatar, para evitar perseguições aos servidores públicos que me relataram em confiança como funciona esse ambicioso sistema de poder em algumas prefeituras do sertão alagoano, bem como resguardar o sigilo da fonte, não mencionarei nomes e nem mesmo os municípios envolvidos, no entanto, é preciso alertar a sociedade e principalmente a justiça brasileira como funciona o esquema, bem como pode ser facilmente desbaratado caso algum promotor de justiça resolva fazer valer seu juramento acadêmico e o polpudo salário que recebe do dinheiro público para o cumprimento de suas OBRIGAÇÕES sem esperar que provas caiam do céu e político e funcionários públicos corruptos se arrependam e entreguem todo o esquema. 

Funciona da seguinte forma: Tudo começa com a indicação de um vereador ou suplente de vereador que na campanha eleitoral prometeu arranjar pelo menos um emprego em cada um das casas que visitou, tudo isso, avalizado pelo prefeito e ou candidato para o qual pedia voto. Após o resultado da eleição e a confirmação da vitória do candidato a prefeito ou prefeito reeleito, é chegada a hora de pagar a promessa de empregar os eleitores. Acontece que, a grande demanda do município é na educação, principalmente para suprir a carência de professores já que os efetivos na maioria desses municípios são menores que 50% do necessário para suprir a demanda de toda rede municipal de ensino. Contudo, para ser contratado para o cargo de professor (em caráter temporário excepcional já que o ingresso no serviço público deve ocorrer apenas através de concurso público), o mínimo que o cidadão precisa apresentar é a formação básica para o cargo pretendido, que no caso dos professores seria o Nível Magistério para ensino do Fundamental I (antiga 1° a 4° série) e de nível superior para as demais modalidades de ensino. E aí é onde entra o grande problema dessas contratações que acabam gerando um grandioso esquema de compra, troca e negociação pelo voto que envolve inúmeros crimes: Contratações irregulares, falsidade ideológica, improbidade administrativa e assim por diante, uma vez que centenas de pessoas sem formação a grande maioria apenas com o 2º grau de nível científico, que justamente por não ter pelo menos o curso magistério não poderiam atuar como professores, mas ainda sim são contratados por vários prefeitos do sertão de Alagoas para cuidar da educação de milhares de crianças, adolescentes e jovens, principalmente na zona rural desses municípios, isso porque esses "educadores" são contratados "de boca" que não constam na folha de pagamento das prefeituras, mas que todos os dias estão nas escolas dando aula. E sabe como recebem? No nome de outro(a)  professor(a) que tem sua carga horária ampliada para repassar um "salário mínimo" para o "professor fantasma" ou mesmo de um professor contratado com formação adequada, que só trabalha um horário, mas recebe por dois para repassar o incremento ao colega sem formação. 

Posto isso, alguém deve está se perguntando: Mas porque esses professores concursados e efetivos aceitam se submeter a essa situação irregular e por vezes criminosa? Algumas pessoas podem até pensar: "Fazem isso para ajudar quem está precisando" Antes fosse! Pois e as crianças com professores despreparados colocados em sala de aula por favores politiqueiros, quem pensa nelas? No mas, quando vamos analisar quem são esses educadores concursados e efetivos que estão envolvidos no esquema, descobrimos que é alguém que tem alguma vantagem negociada com o vereador e o prefeito, tais como: Gratificações; dispensa do trabalho presencial; afastamento da sala de aula para o setor administrativo da escola; promoção para coordenação e direção; locação de veículo ou imóvel; emprego para algum parente, e assim por diante... Já os contratados regularmente, a grande maioria se submete a participar do esquema exclusivamente para manter o seu emprego, assim como seus colegas fantasmas. 

Diante de todo o exposto, cabe agora ao Ministério Público investigar como funciona o esquema e colocar na cadeia, não os trabalhadores que mesmo sem formação adequada são explorados por vereadores, prefeitos e alguns servidores concursados e efetivos que se beneficiam com a exploração do trabalho alheio, para isso, basta o MP realizar fiscalização “IN LOCO” nas escolas e comparar com a folha de pagamento dessas prefeituras, porém, o difícil mesmo, é encontrar promotores que honrem o cargo que ocupam. Enquanto isso, como se já não bastasse a Pandemia e a politicagem imunda em seu entorno que tirou por quase 02 longos anos o sagrado direito de nossas crianças e adolescentes de ESTUDAR, essa corja politiqueira que só pensa no próprio umbigo, segue afundando de vez a nossa EDUCAÇÃO com e sem pandemia.